terça-feira, 28 de setembro de 2010

O ADVENTO DOS MACABEUS

Com a morte do grande Alexandre Magno os territórios da Ásia Menor e da África foram repartidos entre dois dos seus generais. O Egito e a Judéia ficaram em poder de Ptolomeu; e a Síria, Ásia Menor e a Babilônia corresponderam a Seleuco.


Ptolomeu tratou com respeito os povos que a ele estavam submetidos, concedendo-lhes direitos iguais aos dos gregos. Também os seus sucessores assim procederam, exceção feita a Ptolomeu IV Philopator, que pretendeu vingar-se de choque nervoso que o acometera quando tentou forçar a entrada no Sanctum Sanctorum do Templo.


Antíoco IV Epifânio, não levando em conta a tradição de liberdade no culto, introduziu costumes pagãos em Jerusalém e saqueou o Templo. Entrou na Judéia à frente de um poderoso exército, massacrou m ilhares dos seus habitantes, profanou o templo e tornou ilegais as cerimônias sagradas da lei judaica.


A centelha da rebelião foi acesa em Modin, nas montanhas confinando com Jerusalém. Iniciou-a o velho sacerdote Matatias, da família dos asmoneus, pai de cinco filhos, cuja bravura os impõe à citação: Joana, Simão, Judá, Eleazar e Jonatã. Um pugilo de judeus audazes os acompanhou.



Dado o pequeno número de combatentes e a escassez de armas, os rebelados optaram pelo sistema de guerrilhas.



Ocultos nas montanhas, atacavam nas ocasiões propícias. Irrompiam nas cidades e aldeias atacando de surpresa as guarnições sírias. Matavam judeus renegados. Auxiliados pelos pietistas (não confundir com petistas) ou fariseus (homens de classes humildes) destroçavam, pelo caminho, pequenas legiões gregas.


Morto o ancião Matatias, assumiu a liderança o heróico Judá, cognominado “o Macabeu” (que significa martelo). Espírito de guerreiro, passou à luta aberta contra os inimigos. Quando Apolônio, governador sírio da Palestina, à frente de um poderoso exército, atacou os sublevados, Judá foi ao seu encontro, infligindo-lhe fragorosa derrota . Apolônio sucumbiu na batalha.



[...] Informado Antíoco sobre a rebelião, mandou para a Judéia um formidável exército, levando ordens para destruir Jerusalém, exterminar seus habitantes e povoar o país “com gente de outra origem”. Judá selecionou seis mil bravos guerreiros, venceu a batalha, retirando-se uma parte dos vencidos para a Síria.

As vitórias abriram o caminho para Jerusalém. Restauradas as relíquias sagradas do Templo, deu-se início à cerimônia da inauguração ou Chanucá. Oito dias durou a festa.


Conta a lenda que Judá e seus companheiros encontraram um recipiente contendo azeite suficiente para iluminar o candelabro durante apenas uma noite, mas que, como por milagre, o óleo perdurou as oito noites dos festejos. ATÉ HOJE ESSA FESTA DE OITO DIAS É REMEMORADA PELOS JUDEUS DO MUNDO INTEIRO - É A SEMANA DE CHANUCÁ.



Bibliografia
JUDEUS DE BOMBACHA E CHIMARRÃO

Jacques Schweidson

Editora José Olympio – Porto Alegre

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