terça-feira, 21 de setembro de 2010

QUEM FEZ OS ÁRABES SAÍREM DE ISRAEL ?


A acusação de que os israelenses expulsaram quase um milhão de árabes da Palestina durante a guerra de 1948 tem sido amplamente divulgada e muitos acreditam nela. Essa é a base da reivindicação dos palestinos quanto ao seu direito de voltarem para as suas antigas vilas. Houve, de fato, alguns casos em que civis árabes que estavam ajudando, dando guarida ou escondendo soldados árabes foram forçados a sair. Mas a maioria dos árabes que fugiram, tomou essa atitude, apesar das promessas de Israel de garnatir sua segurança e de seus apelos para que ficassem - e sem que vissem um só soldado israelense. Muitos partiram antes que Israel declarasse sua Independência e antes que a guerra tivesse realmente começado.

Foram os militares árabes que advertiram aos civis árabes que saíssem e afirmaram que que os que ficassem seriam considerados traidores da causa árabe. Apesar disso, na opinião do mundo, eles são os únicos "refugiados" do Oriente Médio, e os únicos que merecem toda a solidariedade. Ninguém pensa nos refugiados judeus que, em quantidades bem maiores, foram expulsos ou conseguiram fugir de países muçulmanos em 1948.

Em 22 de abril de 19
48 (três semanas antes de Israel declarar sua Independência), Aubrey Lippincott, Cônsul Geral dos Estados Unidos em Haifa, afirmou que "líderes árabes locais dominados pelo Mufti estavam instigando todos os árabes a deixarem a cidade, e uma grande quantidade deles fez isso (1).

Mais ou menos na mesma época, o chefe de polícia de Haifa, A. J. Bridmead, relatou: " os judeus estão fazendo tudo o que podem para convencer a população árabe a ficar".

Um visitante estrangeiro contou: Em Tiberíades, vi uma placa afixada numa mesquita trancada, com os seguintes dizeres: "nós não os expropriamos, e no futuro os árabes voltarão para suas casas e propriedades nesta cidade ... que nenhum cidadão toque naquilo que pertence a eles". Estava assinada pelo Conselho Municipal Judaico de Tiberíades (2).

Um jornal jordaniano publicou a reclamação de um refugiado: "o governo árabe nos disse: saiam para que possamos entrar. Então, nós saimos; mas eles não entraram (3).


Um jornal libanês de Nova York publicou: "O secretário geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, deu um conselho fraterno aos árabes da Palestina para que deixassem suas terras, casas e propriedades e ficassem, temporariamente, em países irmãos vizinhos, para que as armas dos exércitos árabes invasores não os matassem indiscriminadamente (4).











BIBLIOGRAFIA
1. Relações Exteriores dos EUA, 1948, Vol. V (GPO, 1976), 838
2. The New York Times, 23 de abril de 1948.
3. Ad Diofaa, 6 de setembro de 1954.




4. Al Hoda, 8 de junho de 1951.

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