terça-feira, 28 de setembro de 2010

DIÁSPORA


Com o desmembramento do império romano em duas partes, a Palestina  passou ao domínio de Bizâncio. O clero cristão, fortalecido pelo poder, passou a hostilizar os judeus. Proibiu-se-lhes  ocupar cargos públicos, a entrada em Jerusalém e a construção de sinagogas. Tudo dentro dos novos regulamentos do Imperador Justiniano.


Perdurou essa situação até a invasão dos povos árabes, já professando a nova religião instituída por Maomé. Fanatizados pela crença e levados pelo seu élan guerreiro, propuseram-se os árabes à conquista do mundo. Sem duras dificuldades  submeteram a Síria, Palestina, Pérsia e Egito. Omar, seu segundo califa, na posse de Jerusalém, determinou a construção  de uma mesquita no local anteriormente ocupado pelo Templo de Salomão.A violência antijudaica foi crescendo na proporção  do crescimento do catolicismo. O código Teodosiano, promulgado em 438, teve a mais nefasta influência. Estipulava nada menos que a proibição de os cristãos casarem com judeus, impedindo a estes de terem escravos cristãos, construir sinagogas, além de outras restrições.

Ressalvando alguns períodos de violências, justa é a constatação de terem sido os árabes mais tolerantes para com os judeus do que os cristãos, chegando mesmo a uma perfeita e fraterna convivência.



Na Espanha, em 1613, o rei Sisebuto foi mais opressivo: exigiu que todos  os judeus aceitassem o batismo. O mesmo se deu na França em 629 : ou a  conversão ao catolicismo ou a expulsão do país. Ao lado das conversões forçadas  - inúteis no fundo, pois os conversos, em segredo, continuavam judeus - persistia na Europa a severa proibição visigótica de se dedicarem à agricultura. Medida também   contraprocedente, porque proib idos de se dedicarem à sua tradicional atividade, os judeus se lançaram no comércio, profissão na qual alcançaram proeminência universal. Um destaque que não os livrou de maldosa inveja.

Na Espanha, as tecelagens de seda, o tingimento de tecidos, os pesados gobelins bordados, os trabalhos em ouro e prata, a fabricação de objetos de vidro, tudo isso era produzido pelos judeus.
Quanto ao comércio, especialmente o de intercâmbio internacional, teve nas suas mãos um desenvolvimento notável.


 
Em síntese, ao falar dos judeus na Europa da Idade Média, sua situação foi insconstante. Primeiro recebiam convite estimulantes  para se fixarem em lugares carentes de prosperidade; atingida esta, uma simples cobiça de enriquecimento rápido os despojava de suas riquezas e não raro dos seus direitos à cidadania.

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