DIÁSPORA
Com o desmembramento do império romano em duas partes, a Palestina passou ao domínio de Bizâncio. O clero cristão, fortalecido pelo poder, passou a hostilizar os judeus. Proibiu-se-lhes ocupar cargos públicos, a entrada em Jerusalém e a construção de sinagogas. Tudo dentro dos novos regulamentos do Imperador Justiniano.
Perdurou essa situação até a invasão dos povos árabes, já professando a nova religião instituída por Maomé. Fanatizados pela crença e levados pelo seu élan guerreiro, propuseram-se os árabes à conquista do mundo. Sem duras dificuldades submeteram a Síria, Palestina, Pérsia e Egito. Omar, seu segundo califa, na posse de Jerusalém, determinou a construção de uma mesquita no local anteriormente ocupado pelo Templo de Salomão.A violência antijudaica foi crescendo na proporção do crescimento do catolicismo. O código Teodosiano, promulgado em 438, teve a mais nefasta influência. Estipulava nada menos que a proibição de os cristãos casarem com judeus, impedindo a estes de terem escravos cristãos, construir sinagogas, além de outras restrições.
Ressalvando alguns períodos de violências, justa é a constatação de terem sido os árabes mais tolerantes para com os judeus do que os cristãos, chegando mesmo a uma perfeita e fraterna convivência.
Na Espanha, em 1613, o rei Sisebuto foi mais opressivo: exigiu que todos os judeus aceitassem o batismo. O mesmo se deu na França em 629 : ou a conversão ao catolicismo ou a expulsão do país. Ao lado das conversões forçadas - inúteis no fundo, pois os conversos, em segredo, continuavam judeus - persistia na Europa a severa proibição visigótica de se dedicarem à agricultura. Medida também contraprocedente, porque proib idos de se dedicarem à sua tradicional atividade, os judeus se lançaram no comércio, profissão na qual alcançaram proeminência universal. Um destaque que não os livrou de maldosa inveja.
Na Espanha, as tecelagens de seda, o tingimento de tecidos, os pesados gobelins bordados, os trabalhos em ouro e prata, a fabricação de objetos de vidro, tudo isso era produzido pelos judeus.
Quanto ao comércio, especialmente o de intercâmbio internacional, teve nas suas mãos um desenvolvimento notável.
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