quarta-feira, 29 de setembro de 2010

JUDEUS EM MINHA TERRA NATAL: PELOTAS (RS)


Pelotas tinha sua economia baseada na pecuária e na indústria do charque, e viveu seu momento mais próspero ainda no século XIX, mais precisamente nos últimos trinta anos do segundo Império. Neste período, constituiu-se como o mais importante centro produtor e comercial charqueador de toda a Província.


Esse desenvolvimento econômico fez com que a cidade crescesse e se modernizasse e que houvesse uma explosão do ponto de vista populacional e sócio-cultural.


No entanto, durante a República Velha (1890 – 1930) a economia gaúcha começou a desenvolver a policultura, dando ênfase ao mercado local. Esta reorientação afetou sobretudo a região da Campanha, onde Pelotas está situada, ao mesmo tempo em que privilegiou a região serrana, que praticava uma agricultura diversificada e a suinocultura, através do trabalho do imigrante.

A indústria saladeiril começou a declinar em função da Revolução Federalista (1893) a nível regional, quando o castilhismo adotou a postura de uma crescente diversificação na economia e também tendo em vista o advento da 1º Guerra Mundial, que provocou a necessidade de fornecimento de grande quantidade de carne, impulsionando a entrada de frigoríficos estrangeiros no Brasil.



Esta situação se agrava ainda mais, uma vez que as charqueadas operavam “com velhos processos, tecnologia arcaica, produzindo um artigo de alto custo de produção, mas de baixo valor de troca, num mercado altamente competitivo”. Ao invés de modernizarem-se, os charqueadores buscavam a tutela do Estado para resolver problemas que se colocavam principalmente no âmbito da comercialização do produto final.

A saída encontrada pelo governo para a crise na pecuária foi o desenvolvimento do setor agrário. Em Pelotas, plantou-se arroz e cultivaram-se frutas, sobretudo o pêssego. Deu-se incremento à indústria de conservas e produtos alimentícios.

É nessa conjuntura, na qual a cidade perdia gradativamente sua importância no cenário estadual, embora conservasse conceitos de riqueza e refinamento, que chegaram os primeiros imigrantes judeus.




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