terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ISRAEL PARA OS JUDEUS DA DIÁSPORA


A criação do Estado de Israel retirou o lamento da vida judaica.


Possibilitou aos judeus do mundo inteiro agrupar-se em torno de uma bandeira, e não em torno de um túmulo.




Deu aos judeus em toda a parte uma razão para sentir-se - como sentiam seus antepassados, por outros motivos - que ser judeu é gratificante.


Por causa de Israel, os judeus redescobriram o amor-próprio, o sentimento de dignidade pessoal. Em outras palavras, Israel não só tirou o judeu do exílio, como também tirou o trauma do exílio de dentro do judeu. Este é o primeiro significado de Israel. Israel alterou radicalmente o papel que o judeu vinha desempenhando há 2000 anos no palco da história.



Durante todo esse tempo, a saga do povo judeu era escrita por outras nações. Aos judeus era impingido o papel de sofredores, perseguidos, oprimidos, subjugados, exilados, mártires. Durante 2000 anos, a história judaica não foi um relato do que os judeus fizeram, e sim do que foi feito a eles.
Esse enredo de impotência e passividade alcançou seu terrível clímax no holocausto, com a morte de 6.000.000.


Os judeus desempenham agora um papel que eles mesmos escreveram. Este é o significado essencial de Israel. Um povo que estava de joelhos se levantou, endireitou os ombros curvados pelos fardos da
longa noite de exílio e passou a andar ereto, de cabeça erguida.


O povo de Israel redimiu a sua terra e, mais ainda, redimiu o respeito que lhe é devido como povo.
E, por último, o renascimento de Israel fez renascer a confiança do judeu no poder dos ideais, no cumprimento literal das profecias, na Palavra de Deus. Reacendeu sua crença em milagres.






CHANUKÁ



Chanuká, que comemora-se de 12 a 19 de dezembro de 2009 (5770), celebra a milagrosa vitória dos Macabeus, contra um exército sírio muito mais forte em número e poder militar. Um milagre que, jamais teria sido possível, não fosse a inabalável dedicação daqueles heróis judeus à sua herança e sua fé para resistir à assimilação e combater a influência helenística ao seu redor.

O milagre que comemora-se em Chanuká não é a pequena latinha de óleo que durou além do previsto. O fato de que ainda se celebra Chanuká, mais de 2100 anos após, este é o verdadeiro milagre.

Conta-se que certo dia, na Áustria, o filósofo da corte fez uma preleção sobre milagres. Terminados os aplausos, o imperador Franz Joseph virou-se para ele com um desafio: "O senhor tem provas de um milagre?". O filósofo refletiu alguns segundos e respondeu: "Sim, Majestade: os judeus!" . Na mesma esteira, Ben Gurion disse tempos depois: "Em Israel, quem não acredita em milagres não é realista".